Um dos mais importantes ícones da grande festa da Rainha da Amazônia, a corda que puxa a Berlinda durante a Trasladação e o Círio, sairá às ruas, este ano, de uma forma diferente.  A partir desta quarta-feira (16), o símbolo ficará em exposição na Loja Lírio Mimoso, até o dia 22 de setembro.  Esta foi uma estratégia pensada pela Arquidiocese de Belém, Padres Barnabitas e Diretoria da Festa de Nazaré para confortar o coração dos devotos e deixá-la ainda mais perto dos fiéis.

A Loja Lírio Mimoso funciona de segunda a sexta-feira de 7h30 às 19h30. Sáb e Dom de 7h30 às 13h30.

 

 

Corda

A corda passou a fazer parte do Círio desde 1885, quando uma enchente da Baía do Guajará alagou a orla desde próximo ao Ver-o-Peso até as Mercês, no momento da procissão, fazendo com que a berlinda ficasse atolada e os cavalos não conseguissem puxá-la. Os animais então foram desatrelados e um comerciante local emprestou uma corda para que os fieis puxassem a berlinda. A partir daí a corda então foi introduzida no Círio e ao longo de sua permanência já foi alvo de diversas polêmicas, sendo inclusive sendo abolida da festa entre 1926 e 1930, pelo Arcebispo Dom Irineu Jofily. Atualmente é um dos maiores ícones da festa, utilizada na Trasladação e no Círio. Confeccionada em cisal torcido, possui 400 metros de comprimento (para cada uma das romarias) e duas polegadas de diâmetro. Até 2003, o formato da corda era de “U” com as duas extremidades atreladas à berlinda. A partir de 2004, por motivos de segurança, a corda ganhou formato linear dividida em cinco estações confeccionadas em duralumínio que ajudam a dar tração à corda e ritmo às romarias. Em cada uma das estações há a presença constante dos chamados animadores da corda que têm a função de estimular os promesseiros por meio de palavras de ordem, cânticos e orações. Atualmente, o atrelamento à berlinda ocorre de forma planejada. Nota-se o esforço incansável da Diretoria do Círio e órgãos de segurança em fazer com que, especialmente no Círio, a corda chegue até seu destino final sem que seja cortada pelos próprios promesseiros. As campanhas de conscientização começaram em 2011 e são lançadas próximo ao Círio como forma de tentar fazer com que os objetos cortantes não sejam utilizados.