Reflexão do Evangelho – Mateus 9,14-17

                        Eis que faço novas todas as coisas

Os fiéis têm que se convencer que, com a ressurreição, Cristo Jesus, o seu Senhor, o Deus de Israel, voltou, na condição daquele que desposou para sempre a sua Igreja, “no amor e na fidelidade” (Os 2,22). Enquanto o Esposo está com eles, ela, somente, tem que se mortificar em vista de uma liberdade que a Verdade-Vida oferece, que andaria perdida se as concupiscências voltassem a dominá-la. Seria a perda da realidade nova, que Cristo veio estabelecer. Os fiéis têm que fazer muito mais que jejuar. Têm que viver a sua imolação, segundo o caminho ditado pelo seu Mestre e Guia, para que perdendo a sua vida neste mundo a reencontrem na vida eterna. Ao longo deste “jejum salutar” têm que se nutrir ‘de toda Palavra que sai da boca de Deus’ (Dt 8,3).

A letra da Lei ficou obsoleta. A Lei foi como um pedagogo até Cristo. O fiel tem que se conduzir pela lei do Espírito: “Vinho novo em odres novos” (Mc 2,22).

 

Padre Ferdinando Maria Capra pertence à Ordem dos Clérigos de São Paulo (Barnabitas) e serve no Rio de Janeiro (RJ).