Conheceremos  a origem de um dos mais imponentes ícones que fazem parte das principais procissões da programação oficial do Círio de Nazaré, a corda.

Tudo começou em 1885, quando uma enchente da Baía do Guajará alagou a orla da cidade desde próximo ao Ver-o-Peso até a Igreja das Mercês, no momento da procissão.

Durante as procissões, homens e mulheres tinham lugares específicos a serem ocupados. Uma forma que os militares encontraram para manter um controle e o cuidado para com os fiéis que acompanhavam o percurso.

Na foto, vemos que o formato da corda era de “U” com as duas extremidades atreladas à berlinda. Assim aconteceu até o ano de 2003. Em 2004, por motivos de segurança, a corda ganhou formato linear dividida em cinco estações confeccionadas em duralumínio que ajudam a dar tração à corda e ritmo às romarias.

Em cada uma das estações há a presença constante dos chamados “Evangelizadores da Corda” que têm a função de estimular os promesseiros por meio de palavras de ordem, cânticos e orações. Atualmente, o atrelamento à berlinda ocorre de forma planejada.

Nota-se o esforço incansável dos Padres Barnabitas, junto à Diretoria da Festa de Nazaré e órgãos de segurança em fazer com que, especialmente no Círio, a corda chegue até seu destino final sem que seja cortada pelos próprios promesseiros. As campanhas de conscientização começaram em 2011 e são lançadas próximo ao Círio como forma de tentar fazer com que os objetos cortantes não sejam utilizados.

Produção 

Um dos símbolos que representam a fé dos devotos de Nossa Senhora de Nazaré é feita de sisal, tem 800 metros de comprimento com 50 milímetros de diâmetro. A corda chega em Belém dividida em duas partes. São 400 metros para a Trasladação e 400 para a grande procissão de domingo, o Círio.  Cada parte já vem adaptada às estações de metal que auxiliam no traslado das berlindas durante as romarias.

Foto:  Acervo ASCOM Basílica Santuário de Nazaré

Texto: Yêda Sousa – ASCOM Basílica Santuário de Nazaré / com informações do site Círio de Nazaré