A Origem da Devoção e do título a Nossa Senhora Mãe da Divina Providência, foi algo, meio que inesperado, pois, os Padres Barnabitas tinham duas casas em Roma, isso no início do século XVII. Uma igreja era dedicada a São Paulo e a outra a São Barnabé. Por ordem do Papa Alexandre VII, a igreja dedicada a São Barnabé foi demolida. Nessa comunidade religiosa, havia um afresco, de Maria, e querendo preserva-la acabaram por transladar para outra residência. Infelizmente, ao transportarem o quadro caiu, destruindo-se completamente.

Scipione Pulsone, que era o arquiteto responsável, comoveu-se e, para procurar reparar uma perda dessas, acabou doando, de sua propriedade, uma bela pintura da Virgem Maria. Era uma pintura diferente, ainda não vista. Maria, segurando em seus braços, um menino!

Após a canonização de São Carlos Borromeu, em 1610, foi do agrado da Ordem, em reconhecimento de sua grande lauta, em ajudar os Barnabitas, erigir uma Igreja dedicada ao novo Santo. Após 15 anos de muita luta, todos os recursos haviam sido esgotados. Mas, confiavam, na providência Divina. O Reverendo Padre Brás Palma, possuía uma grande devoção para com a Santíssima Virgem, e resolveu fazer uma promessa, que seria em forma de peregrinação. Quando retornou, procurou o Cardeal João Batista Lenie, e por meio de um conhecido, o príncipe Carlos Barberini. O cardeal, não poderia ajudá-lo. Em 1627, faleceu o Cardeal Lenie, a surpresa vem a seguir, pois, ao ser aberto o seu testamento, ele havia deixado boa parte de seus bens à construção da Igreja. Padre Palma, várias vezes, proclamava Maria, como sendo a “doce e eficaz Providência”, porém, para todos os que a Ela se confiam!

Este relatório, o qual fora citado à forma de como o Padre Palma se dirigia a Virgem Maria, ficou longos anos perdido, quase um século. O Reverendo Padre Januário Maffetti foi quem o encontrou, um Barnabita, que possuía uma grande e ardente devoção para com a Virgem Maria. Foi ele, que ao ler, seu coração inflamação a cada palavra que lia de seu confrade já falecido, o Padre Palma, a respeito da Virgem Maria. Ao perceber, já impregnado pelo amor para com a Virgem Maria, decidiu, de continuar a manifestar a misericordiosa bondade da Rainha do Céu. Aqui podemos perceber, apesar do tempo que fora passado, a providência se manifestando nas pequenas coisas, dessa vez com o achado do escrito do Padre Palma. Lembrando-se do quadro que estava na capela, Padre Maffetti, decidiu mandar pintar uma cópia autêntica do afresco, de autoria do pintor Scipione Pulse, para expô-la no corredor que dava acesso a Igreja, para os fiéis assim poderem ter o primeiro contato com o afresco. Debaixo do quadro, foi posto o nome Mãe da Divina Providência, título o qual Padre Maffetti quis por, já estando impregnado de tão grade amor para com a Virgem Maria.

A liturgia do dia 13 de julho de 1732 celebrava o VI Domingo depois de Pentecostes, o qual abordava o milagre que Jesus havia operado dando de comer a mais ou menos quatro (4) mil homens. No entanto o domingo seguinte, VII, ficou sendo o dia consagrado a Vigem Maria, com o título de Mãe da Divina Providência, pois, a oração desse dia diz “Ó Deus, cuja Providência jamais se engana em suas disposições…”. O reconhecimento, isto é, seu regulamento à devoção, foi aprovada pelo Papa Bento XIV, em 1744.

Para entendermos a imagem de Nossa Senhora Mãe da Divina Providência, faz-se necessário abordar um pouco sobre seus significados. A Virgem Maria segura nos braços, Seu Filho, apertando-o amorosamente ao sei virginal, curvando-se para olha-lo o menino, o filho mais adorável do mundo. Ao curva-se para vê-lo, seus olhos ficam reluzentes e pode-se perceber seu sorriso, um sorriso celeste. A mão do menino encadeado na mão de Sua Mãe significa a fonte sagrada do poder de Maria, a confiança e também o abandono que devemos ter em Maria. No menino não há a aureola. Seria talvez algo feito de proposito para representar a cada um de nós? No Capítulo Geral de 1747, o Supremo Geral Francisco Gaetano Sola fez a proposta de colocar toda a Ordem dos Barnabitas debaixo da especial proteção da Virgem, adotando a festa do Patrocínio de Maria, como peculiar da Ordem.