Em 2020, o Domingo de Ramos será celebrado no dia 05 de abril. Tamanha a grandiosidade e importância deste momento para todos os católicos que preparam-se para relembrar a chegada de Jesus à Jerusalém, onde foi aclamado por uma multidão que O aplaudia como “Aquele que vem em nome do Senhor”. A celebração marca o início da Semana Santa e prepara os cristãos para reviver a Paixão, Morte e Ressurreição do Senhor.

A Missa do Domingo de Ramos traz a narrativa de São Lucas sobre a Paixão de Nosso Senhor Jesus, Sua angústia mortal no Horto das Oliveiras, o Sangue vertido com o suor, o beijo traiçoeiro de Judas, a prisão, os maus-tratos causados pelas mãos dos soldados na casa de Anás, Caifás; Seu julgamento iníquo diante de Pilatos, depois, diante de Herodes, Sua condenação, o povo a vociferar “crucifica-O, crucifica-O”; as bofetadas, as humilhações, o caminho percorrido até o Calvário, a ajuda do Cirineu, o consolo das santas mulheres, o terrível madeiro da cruz, Seu diálogo com o bom ladrão, Sua morte e sepultura.

Este ano, a celebração do Domingo de Ramos será um tanto quanto diferente, mas não menos especial para todos os cristãos. A pandemia do coronavírus fez com que todas as celebrações e procissões públicas fossem canceladas em várias partes do mundo. As Igrejas também não contarão com a presença física dos fiéis nas solenidades da Semana Santa e Páscoa. A medida visa evitar a aglomeração de pessoas e a possível transmissão da Covid-19. Na Basílica Santuário de Nazaré acontecerão duas celebrações, sendo elas realizadas  às 10h e às 18h, com transmissão ao vivo pela TV Nazaré e pelas redes sociais do Santuário da Rainha da Amazônia. Participe desse momento e viva a Celebração dos Ramos que dá início a Semana Santa.
Para uma boa celebração, siga os seguintes passos:

1. Reze pedindo a graça de bem-viver a Semana Santa, mesmo em isolamento.
2. Coloque no portão ou na porta de sua casa, alguns ramos, mostre que é cristão.
3. Motive, ainda que a distância, outras pessoas a também celebrarem o Domingo de Ramos.

Os ramos lembram nosso batismo

Esses ramos significam a vitória: “Hosana ao Filho de Davi: bendito seja o que vem em nome do Senhor, o Rei de Israel; hosana nas alturas”. Os ramos santos nos fazem lembrar que somos batizados, filhos de Deus, membros de Cristo, participantes da Igreja, defensores da fé católica, especialmente nestes tempos difíceis em que essa é desvalorizada e espezinhada. Os ramos sagrados que levamos para nossas casas, após a Missa, lembram-nos de que estamos unidos a Cristo na mesma luta pela salvação do mundo, a luta árdua contra o pecado, um caminho em direção ao Calvário, mas que chegará à Ressurreição.

Entrada “solene” de Jesus em Jerusalém

A entrada “solene” de Jesus em Jerusalém foi um prelúdio de Suas dores e humilhações. Aquela mesma multidão que O homenageou, motivada por Seus milagres, agora vira as costas a Ele e muitos pedem a Sua morte. Jesus, que conhecia o coração dos homens, não estava iludido. Quanta falsidade há nas atitudes de certas pessoas! Quantas lições nos deixam esse Domingo de Ramos!

O Mestre nos ensina, com fatos e exemplos, que o Reino d’Ele, de fato, não é deste mundo. Que Ele não veio para derrubar César e Pilatos, mas para derrubar um inimigo muito pior e invisível: o pecado. E para isso é preciso imolar-se, aceitar a Paixão, passar pela morte para destruir a morte; perder a vida para ganhá-la. A muitos o Senhor Jesus decepcionou; pensavam que Ele fosse escorraçar Pilatos e reimplantar o reinado de Davi e Salomão em Israel; mas Ele vem montado em um jumentinho frágil e pobre.

Muitos pensam: “Que Messias é esse? Que libertador é esse? É um farsante! É um enganador que merece a Cruz por nos ter iludido”. Talvez Judas tenha sido o grande decepcionado. O Domingo de Ramos ensina-nos que a luta de Cristo e da Igreja e, consequentemente, a nossa também, é a luta contra o pecado, a desobediência à Lei Sagrada de Deus, que hoje é calcada aos pés até mesmo por muitos cristãos que preferem viver um Cristianismo “light”, adaptado aos seus gostos e interesses, e segundo as suas conveniências. Impera, como disse Bento XVI, “a ditadura do relativismo”.

O Domingo de Ramos nos ensina que seguir o Cristo é renunciarmos a nós mesmos, morrermos na terra como o grão de trigo para poder dar fruto, enfrentar os dissabores e ofensas por causa do Evangelho do Senhor. Ele nos arranca das comodidades e das facilidades, para nos colocar diante d’Aquele que veio ao mundo para salvá-lo.