No dia 19 de julho de 1923, um acontecimento marcava ainda mais o lugar sagrado que seria conhecido mundialmente como referencia pela devoção mariana na Amazônia: a então Paróquia Nossa Senhora de Nazaré do Desterro recebia o título de Basílica Menor, a terceira erguida no Brasil e a primeira do norte do Brasil.
Uma Igreja recebe o título de “Basílica”, concedido pelo Papa, devido à sua importância espiritual e histórica para o povo da região na qual é localizada. Tendo em vista a magnitude da expressão da fé e devoção do povo paraense por Nossa Senhora de Nazaré, e sendo a casa da Rainha da Amazônia, um lugar de acolhimento e importante significado diante o papel da Igreja Católica no Brasil, confira um trecho do texto que compõe o documento papal que evidencia celestial feito: “Existe na cidade de Belém do Pará, Brasil, a igreja paroquial erigida em honra da Virgem, sob a invocação da Bem aventurada Virgem de Nazareth, que, pela imponência da construção, pelo esplendor das obras de arte, pelo brilhantismo do culto, celebérrima outrossim pela frequência e devoção dos fiéis, pode com justiça e direito ser enumerada entre os principais santuários consagrados em terra brasileira, à Bem aventurada Virgem Maria. […] nos dignemos elevar esta igreja à categoria Basílica”.
Em meados de completar-se um século da concessão deste título, a Basílica de Nazaré ainda representa um dos ícones mais significativos que representa a relação de intimidade do povo paraense com a Virgem de Nazaré. Todos os anos, a Igreja recebe milhões de fiéis, vindos do mundo inteiro, que buscam conhecer e aproximar-se da padroeira.
A palavra “basílica” vem do latim basilica, que deriva do grego basiliké. Significa “casa real”. No período do Império Romano, era o lugar onde estava localizado o tribunal de justiça. Uma basílica é o centro espiritual e evangelizador de uma comunidade e também serve para difundir uma devoção especial à Virgem Maria, a Jesus ou a algum santo.
Mosaicos
Medalhões
Os medalhões que compõem a beleza arquitetônica do Santuário da Rainha da Amazônia representam momentos significativos da Vida de Maria, desde seu nascimento até a descida do Espírito Santo sobre os Apóstolos no dia de Pentecostes.
IMACULADA CONCEIÇÃO
A redenção do mundo já estava em curso e inspirados pelo Espirito Santo os profetas já sabiam que uma mulher preservada do pecado original e de todos os outros pecados e seria mãe do Verbo Encarnado: “Ela é a virgem que conceberá e dará à luz um Filho, que se chamará Emanuel” (Is 7, 14);
A Maria e somente a ela, se dirigem louvores: Tu és a exaltação de Jerusalém, a grande glória de Israel, a grande honra de nossa gente… Bendita sejas tu da parte do Senhor onipotente para sempre (Jt 15, 9-10).
NASCIMENTO DE MARIA
Várias gerações esperavam o nascimento daquela que descendia da linhagem de Davi, que está grávida e vai dar à luz um Filho, que deve se chamar Emanuel (Is 7, 14). Foi através da união de São Joaquim e Sant’Ana. Deus esmera-se na escolha da sua Filha, Esposa e Mãe. E a Virgem santa, a mais excelsa Senhora, a criatura mais amada por Deus, concebida sem pecado original, veio à terra. Nasceu no meio de um profundo silêncio. Dizem que no Outono, quando os campos dormem. Nenhum dos seus contemporâneos se deu conta do que estava a acontecer. Só os anjos do Céu festejaram.
CONSAGRAÇÃO DE MARIA AO TEMPLO
Os manuscritos não canônicos contam que Joaquim e Ana, por muito tempo não tinham filhos, até que nasceu Maria, cuja infância dedicou totalmente e livremente a Deus, impelida pelo Espírito Santo desde sua concepção imaculada.
Diz o Proto-evangelho de Tiago sobre a apresentação de Maria no Tempo:
Os meses foram passando para a menina e quando ela completou dois anos, Joaquim disse a Ana: ¨Vamos levá-la ao Templo do Senhor para cumprirmos a promessa que fizemos, para que o Senhor não reclame e nossa oferenda se torne inaceitável a seus olhos¨. Ana respondeu: ¨Vamos esperar que ela complete três anos, para que não venha sentir saudade de nós¨. E Joaquim respondeu: ¨Vamos aguardar¨. Quando completou três anos, Joaquim disse: ¨Chame as meninas hebreias, virgens, e que, duas a duas, tomem uma lâmpada acesa para que a menina [Maria] não olhe para trás e seu coração se prenda por algo fora do Templo de Deus¨. E assim foi feito e subiram ao Templo do Senhor. Então o sacerdote a recebeu, a beijou e abençoou-a. E disse [à Maria]: ¨O Senhor engrandeceu o teu nome diante de todas as gerações. No final dos tempos, manifestará em ti Sua redenção aos filhos de Israel¨.Então fez [Maria] sentar-se no terceiro degrau do altar e o Senhor derramou Sua graça sobre ela. Ela dançou e cativou toda a casa de Israel.
(https://pt.aleteia.org/2018/11/21/apresentacao-de-maria-no-templo/)
SANT’ANA, SÃO JOSÉ E MARIA
Em hebraico, Ana exprime “graça” e Joaquim equivale a “Javé prepara ou fortalece”.
Alguns escritos apócrifos narram a respeito da vida desses que foram os primeiros educadores da Virgem Santíssima. Também os Santos Padres e a Tradição testemunham que São Joaquim e Sant’Ana correspondem aos pais de Nossa Senhora. Sant’Ana teria nascido em Belém. São Joaquim na Galileia. Ambos eram estéreis. Mas apesar de enfrentarem esta dificuldade, viviam uma vida de fé e de temor a Deus.
O Senhor então os abençoou com o nascimento da Virgem Maria e, também segundo uma antiga tradição, São Joaquim e Sant’Ana já eram de idade avançada quando receberam esta graça. A menina Maria foi levada mais tarde pelos pais Joaquim e Ana para o Templo, onde foi educada, ficando aí até ao tempo do noivado com São José.
ANUNCIAÇÃO
— Entrando, o anjo disse-lhe: Ave, cheia de graça, o Senhor é contigo. (Lc 1, 28).
A anunciação do anjo Gabriel a Virgem Maria, é relatado com grande entusiasmo e delicadeza. Nessa passagem, podemos conhecer o intimo daquela que conceberia o Salvador do Mundo, suas preocupações e o ápice de sua humildade ao pensar que não era merecedora de tais elogios.
—Não temas, Maria, pois encontraste graça diante de Deus. Eis que conceberás e darás à luz um filho, e lhe porás o nome de Jesus. Ele será grande e chamar-se-á Filho do Altíssimo, e o Senhor Deus lhe dará o trono de seu pai Davi; e reinará eternamente na casa de Jacó, e o seu reino não terá fim (Lc 1, 30-33).
Maria era conhecedora das profecias, então de pronto entendeu a mensagem do anjo e não tinha dúvidas quanto à veracidade daquelas palavras, porém ainda queria ter conhecimento de como tal fato aconteceria.
Diante a explicação recebida pelo anjo, Maria medita em seu coração todas as palavras e a resposta que o Céu e a Terra aguardavam. Após aceitar os desígnios de Deus, disse: Eis aqui a serva do Senhor. Faça-se em mim segundo a tua palavra (Lc 1, 38).
Diante disso, temos a humildade de Deus e a humildade humana de Maria, cumprindo assim o mistério da humanidade: E o Verbo se fez carne e habitou entre nós (Jo 1, 14).
CASAMENTO DE MARIA
Este momento da vida de Maria mostra o primeiro passo para a formação da Sagrada Família.
O matrimônio de Maria com José foi destinado por Deus para acolher e educar Jesus, e por isso exigia a máxima expressão da união conjugal, ou seja, o dom total e completo de um para com o outro.
Entre ambos existiu, como afirmou Bernardino de Bustis: “Um amor indivisível e santíssimo; de fato, depois de Cristo seu Filho, a Virgem puríssima não amou nenhuma outra criatura assim tanto como José e da mesma forma José amou Maria acima de qualquer outra criatura”.
Portanto, José como esposo viveu uma profunda experiência de comunhão intimamente ligado a Maria, conviveu com ela, partilhou com ela a sua vida e amou-a com um amor intenso, e da mesma forma foi Maria para com ele, tendo um sentimento natural de esposa, cultivando em seu coração sentimentos e afetos que eram destinados exclusivamente a José
ENCONTRO COM ISABEL
Maria soube por meio do Anjo Gabriel que sua prima Izabel, que era estéril, estava grávida! Rapidamente se apressou em visitá-la. Em momento algum se pôs a duvidar de tal comunicado do anjo, mas sim solidarizou com a prima de idade avançada, além de pressentir uma forte ligação entre o filho que gerava em seu ventre com o filho de Izabel, por isso saiu em uma longa caravana de Nazaré até Ain Karim.
Segundo as sagradas escrituras, Maria encontrou a prima em uma casa de campo a mesma se ocultou durante cinco meses (cfr. Lc 1, 24). No momento deste encontro, acontece a revelação a Isabel: Quando Isabel ouviu a saudação de Maria – conta São Lucas – o menino saltou-lhe no ventre e Isabel ficou cheia do Espírito Santo (Lc 1, 41).
De imediato João Batista, ainda no ventre de sua mãe, se regozijou diante a presença de Jesus e Isabel, iluminada pelo Espírito Santo, aclamou profeticamente: logo que a voz da tua saudação chegou aos meus ouvidos, o menino saltou de alegria no meu ventre. Bem-aventurada a que acreditou, porque se hão-de cumprir as coisas que lhe foram ditas da parte do Senhor.
NASCIMENTO DE CRISTO
“Como José era da casa e da família de Davi, subiu de Nazaré, cidade de Galiléia, para a cidade de Davi, chamada Belém, na Judéia, para registrar-se com Maria, sua esposa, que estava grávida” (Lc 2, 4-5). Assim Lucas inicia a narração do nascimento de Nosso Senhor Jesus Cristo.
A viagem até Belém era longa, mas Maria fez questão de acompanhar o esposo e também como não poderia ir até a cidade na qual – segundo as escrituras – Messias nasceria?
Após se inscrever com sua mulher no livro dos súbitos do imperador, José partiu em busca de um lugar para passarem a noite. Quando achou, não era mais que um pátio fechado por muros. No centro, uma cisterna providenciava água; em torno dela se acomodavam os animais de carga e, junto à parede, uns barracos para os viajantes, cobertos de um rudimentar teto. A divina Providência serviu-se destas circunstâncias para mostrar a pobreza e a humildade com que o Filho de Deus tinha decidido vir à terra. Todo um exemplo para os que lhe seguiriam pelos séculos, como explica São Paulo: conheceis a graça de Nosso Senhor Jesus Cristo, que, sendo rico, se fez pobre por vocês, para que sejais ricos por sua pobreza (2 Cor 8, 9). O Rei de Israel, o Desejado de todas as nações, o Filho eterno de Deus, vem ao mundo em um lugar próprio de animais. E sua Mãe se vê obrigada a oferecer-lhe, como primeiro berço, um estreito presépio.
De improviso, um anjo do Senhor se apresentou a eles, e a glória do Senhor rodeou-os de luz. E encheram-se de grande temor. O anjo disse-lhes: “Não temais. Eu vos anuncio uma grande alegria, que o será também para todo o povo…” (Lc 2, 9-10)
ENCONTRO COM OS REIS MAGOS
Isaías já o tinha anunciado com particular eloquência: À tua luz caminharão os povos e os reis andarão ao brilho do teu esplendor. Lança um olhar em volta e observa: todos se reuniram e vieram procurar-te (…). Uma grande multidão de camelos te invade, camelos de Madiã e Efa; vêm todos de Sabá, trazendo ouro e incenso e anunciando os louvores de Javé (Is 60, 3-6). A tradição ocidental fala de três personagens, a quem inclusive dá um nome — Melchior, Gaspar e Baltasar.
Herodes, sentindo-se ameaçado, inquiriu deles cuidadosamente, acerca do tempo em que lhes tinha aparecido a estrela (Mt 2, 7). Depois perguntou aos doutores da Lei pelo lugar de nascimento do Messias e os escribas responderam citando o profeta Miqueias: e tu, Belém, terra de Judá, de modo algum és a menor entre as principais cidades de Judá; porque de ti sairá um chefe que apascentará Israel, Meu povo (Mt 2, 6). Usando uma mentira, Herodes pôs os Magos a caminho de Belém: ide, informai-vos bem acerca do Menino, e, quando O encontrardes, comunicai-mo, a fim de que também eu O vá adorar (Mt 2, 8). O seu propósito era bem diverso, pois propunha-se mandar assassinar todos os meninos nascidos na cidade e na sua comarca, menores de dois anos, para assim se assegurar da morte daquele que — segundo o seu curto entender — lhe vinha disputar o trono.
Depois de receberem essa informação, os Magos dirigiram-se apressadamente para Belém, cheios de alegria ao ver reaparecer a estrela que tinha desaparecido misteriosamente em Jerusalém. Este mesmo fato advoga em favor da suposição de que o astro que os guiava não era um fenômeno natural — um cometa, uma conjunção, etc., como se procurou muitas vezes demonstrar — mas um sinal sobrenatural dado por Deus a esses homens escolhidos, e só a eles.
Mal saíram de Jerusalém — prossegue São Mateus — a estrela que tinham visto no Oriente ia adiante deles até que chegando ao local onde estava o Menino, parou. Entraram na casa, viram o Menino com Maria, Sua mãe e, prostrando-se, O adoraram; e, abrindo os seus tesouros, ofereceram-Lhe presentes de ouro, incenso e mirra (Mt 2, 9-11).
Os corações de Maria e de José devem ter ficado repletos de alegria e gratidão. Alegria porque os anúncios proféticos sobre Jesus começavam a cumprir-se;
APRESENTAÇÃO DE JESUS AO TEMPLO
O encontro entre a Virgem e ancião deve ter acontecido frente à porta de Nicanor, por onde se acedia ao átrio dos israelitas. Naquele lugar situava-se um dos sacerdotes encarregados de atender as mulheres que ofereciam o sacrifício por si próprias e pelos seus filhos. Maria, acompanhada de José, pôs-se na fila. Enquanto aguardava a sua vez, houve um acontecimento que encheu de assombro os circunstantes. Um venerável ancião aproximou-se da fila. O seu rosto resplandecia de alegria. Quando os pais levaram o Menino Jesus, para cumprirem as prescrições da Lei a Seu respeito, Simeão tomou o Menino nos braços e louvou a Deus, dizendo: “Agora, Senhor, conforme a Tua promessa, podes deixar o teu servo partir em paz. Porque os meus olhos viram a Tua Salvação, que preparaste diante de todos os povos: luz para iluminar as nações e glória do Teu povo Israel” (Lc 2, 29-32).
Ao ouvir estas palavras, apoderou-se de Maria e de José um sentimento de admiração: o ancião Simeão confirmava-lhes o que o anjo lhes tinha comunicado da parte de Deus. Mas, logo a seguir, aquele anúncio ensombrou a alegria: o Messias cumpriria a Sua missão por meio do sofrimento; e a Mãe ficava misteriosamente associada à dor do Filho. Simeão abençoou-os e disse a Maria, Mãe do Menino: “Eis que este Menino vai ser causa de queda e elevação de muitos em Israel. Ele será um sinal de contradição. Quanto a Ti, uma espada há-de atravessar-Te a alma. Assim serão revelados os pensamentos de muitos corações” (Lc 2, 34-35). Também Ana, uma profetisa com mais de oitenta anos, se associou ao anúncio de Simeão, pois chegou nesse instante, louvava a Deus e falava do Menino a todos os que esperavam a libertação de Jerusalém (Lc 2, 38).
Do evangelho de São Lucas deduz-se que a Virgem apresentou Jesus só depois de ouvir a profecia. Ofereceu pelo seu resgate um par de rolas ou dois pombinhos , a oferenda dos pobres, em lugar do cordeiro prescrito na Lei de Moisés. No entanto, à luz das palavras de Simeão, compreendeu — para além das aparências — que Jesus era o verdadeiro Cordeiro que redimiria os homens dos seus pecados. E que Ela, como Mãe, de um modo que não compreendia, estaria unida estreitamente à sorte do seu Filho.
FUGA PARA O EGITO
Depois da partida dos Magos de Belém, um anjo do Senhor apareceu em sonhos a José e lhe disse: Levanta-te, toma o menino e sua mãe e foge para o Egito! Fica lá até que eu te avise, porque Herodes vai procurar o menino para matá-lo (Mt 2, 13). Num instante, a alegria da Virgem com a vinda daqueles visitantes que tinham reconhecido em seu Filho o Messias, transformou-se em dor e angústia.
Também José se comportou com extrema docilidade. Logo que recebeu o aviso divino, levantando-se de noite, tomou o Menino e Sua Mãe e retirou-se para o Egito (Mt 2, 14). Começava a primeira das perseguições que Jesus Cristo tinha de sofrer na terra, ao longo da história, em Si próprio ou nos membros do Seu Corpo místico. A tradição diz que Maria, com o Menino nos braços, cavalgava sobre um jumento que José conduzia pela rédea.
DISPUTA COM OS DOUTORES
Acabados os dias que ela (a festa) durava, quando voltaram, o Menino ficou em Jerusalém, sem que os Seus pais o advertissem (Lc 2, 43).
Maria e José não perceberam até que, ao cair a tarde do primeiro dia de viagem, as caravanas da Galileia fizeram uma parada no caminho para passar a noite. Que angústia a sua, quando notaram a falta de Jesus! Gastaram as horas que restavam do dia procurando-O entre os parentes e conhecidos (Lc 2, 44). A toda a pressa, talvez nessa mesma noite, regressaram a Jerusalém à Sua procura.
Assim decorreu o segundo dia, com ansiedade e dor. Voltaram uma e outra vez a percorrer os locais onde tinham estado, até que ao terceiro dia de buscas O encontraram no Templo, seguramente num dos salões situados junto aos átrios, que os escribas utilizavam para dar as suas lições. Era uma cena frequente nos dias de festa: o mestre, num assento de cerimônia em local elevado, para ser bem visto e ouvido, com um rolo do livro sagrado nas mãos, explicava alguma passagem da Escritura aos ouvintes, que escutavam sentados no chão. De vez em quando, o escriba fazia alguma pergunta ao auditório, à qual respondiam os alunos mais adiantados. Foi assim que José e Maria encontraram Jesus: sentado no meio dos doutores, ouvindo-os e interrogando-os. E todos os O ouviam estavam maravilhados da Sua sabedoria e das Suas respostas (Lc 2, 46-47).
Também a Nossa Senhora e o seu Esposo, quando O viram, admiraram-se (Lc 2, 48). Mas o seu assombro não se devia à sabedoria das respostas, mas ao fato de ser a primeira vez que sucedia algo semelhante: Jesus, o filho obedientíssimo, tinha ficado em Jerusalém sem os avisar. Não se tinha perdido; tinha-os abandonado voluntariamente. «Por que me procuráveis? Não sabíeis que devo ocupar-Me das coisas de Meu Pai? Eles, porém, não entenderam o que lhes disse (Lc 2, 48-50).
MORTE DE JOSÉ
Muitas tradições sustentam que José tenha morrido nos braços ou na presença de Jesus e Maria. É uma bela imagem, que levou a Igreja a proclamar a José o santo padroeiro da “morte feliz”.
São José era carpinteiro na Galileia e marido da Virgem Maria, protetor da Sagrada Família, foi escolhido por Deus para ser o patrono de toda a Igreja de Cristo. Esteve ao lado de Maria em todos os momentos, principalmente na hora do parto, que aconteceu em um estábulo, em Belém. Educou e protegeu o menino Jesus, com o amor de Deus-Pai. São José foi um homem justo, trabalhador e exemplo de pai. A simplicidade e a fidelidade fizeram de São José o protetor escolhido para Maria e para o próprio Jesus, bem como para todos nós.
“O Anjo do Senhor manifestou-lhe, em sonho, dizendo: José, filho de Davi, não temas receber Maria como tua Mulher, pois o que nela foi gerado vem do Espírito Santo.” Mt 1,20
JESUS DESPEDE-SE DE SUA MÃE
Depois da infância de Jesus, os Evangelhos mencionam muito pouco a Madonna. A continua e muito difundida devoção popular em torno da Virgem preencheu largamente este vazio; baseia-se nos textos apócrifos dos primeiros séculos do cristianismo, em parte em tratados medievais, nas visões dos místicos e nas pias tradições. Mas um componente realmente importante foi a simples projecção dos sentimentos humanos para as figuras dos evangelhos. Isto torna natural pensar que Jesus, com a aproximação da Paixão, tenha desejado despedir-se de sua mãe.
BEM AVENTURADO O VENTRE QUE TE GEROU
Admirada com as palavras sábias que saíam da boca de Jesus e as obras que ele realizava, “uma mulher levantou a voz no meio da multidão e lhe disse: Feliz o ventre que te trouxe e os seios que te amamentaram” (Lc 11,27). O episódio revela algo de importante na vida de todas as pessoas: muito do que nós somos, herdamos da mulher que nos “gerou e alimentou”, e que chamamos de “mãe”! E é a ela que nós queremos homenagear neste final de semana.
Ao se encarnar, Deus quis precisar de uma mulher. Com esta decisão, dignificou a maternidade a partir do seio de Maria Santíssima.
AS BODAS DE CANÁ
Nesse momento da vida de Maria, relatado no evangelho de São João, vemos-lhe como intercessora do primeiro milagre realizado por Nosso Senhor Jesus Cristo. Em Caná, durante um casamento, Maria depositou a sua confiança no Senhor além de o incentivou no momento de sua manifestação.
“Mulher, para que me dizes isso? A minha hora ainda não chegou” (Jo 2, 4). Qualquer que seja o significado exato destas palavras, fica claro que Nossa Senhora não perde a confiança no seu Filho: deixou a questão em suas mãos e dirige aos servos uma exortação – fazei tudo o que ele vos disser (Jo 2, 5) – que são as últimas palavras dela recolhidas no evangelho.
Nesta frase breve ressoa o eco do que o povo de Israel respondeu a Moisés quando, em nome de Deus, pedia o seu assentimento à aliança do Sinai: faremos tudo o que o Senhor disse (Ex. 19, 8). Aqueles homens e mulheres foram muitas vezes infiéis ao pacto com o Senhor; os servos de Caná, ao contrário, obedeceram com prontidão e plenamente. Jesus lhes disse: “Enchei as talhas de água”! E eles as encheram até à borda. Então disse: “Agora, tirai e levai ao encarregado da festa”. E eles levaram. (Jo 2, 7-8).
SÃO JOÃO DÁ A COMUNHÃO A NOSSA SENHORA
Neste medalhão, Nossa Senhora recebe a eucaristia pelas mãos de São João Evangelista.
Maria e a eucaristia têm uma ligação muito forte. Mesmo que no princípio tudo tivesse sido alheio à sua vontade, Maria, por ser a escolhida por Deus para gerar Seu filho unigênito, tornou-se templo humano a abrigar uma promessa divina.
dentre tantos milagres operados por Jesus Cristo ao longo dos séculos, o milagre da Eucaristia é o que nos mostra o verdadeiro significado nesta mescla perfeita entre o humano e o divino. Maria é o sacrário vivo. Jamais devemos nos esquecer desta condição. Ela guardou dentro de si, por nove meses, a verdadeira Eucaristia, a mais pura e bela forma de amor.
Mateus diz: “Enquanto comiam, Jesus tomou o pão, deu graças, partiu-o, e o deu aos seus discípulos, dizendo: ‘Tomem e comam; isto é o meu corpo’. Em seguida, tomou o cálice, deu graças e o ofereceu aos discípulos, dizendo: ‘Bebam dele todos vocês. Isto é o meu sangue da aliança, que é derramado em favor de muitos, para o perdão dos pecados” (Mt 26, 26-28).
Neste trecho, notamos o poder das palavras proferidas por Cristo num dos momentos mais importantes da vida de cada ser humano, o da alimentação e da saciedade. Jesus, através da oração, é o alimento. Maria, por sua vez, é a condutora desta condição que nos alimenta, pois através de seu corpo físico, a essência de um Deus que é vida em plenitude, se manifestou e ganhou corpo de homem para ser imolado no momento certo, resultando, com isso, na salvação.
JESUS CONSOLA AS MULHERES PIEDOSAS
“Seguiam Jesus uma grande multidão de povo e umas mulheres que batiam no peito e se lamentavam por Ele. Jesus voltou-Se para elas e disse-lhes: Filhas de Jerusalém, não choreis por Mim, chorai antes por vós mesmas e pelos vossos filhos” (Lc 23, 27-28)
No meio da multidão que O segue, há um grupo de mulheres de Jerusalém: conhecem-No. Vendo-O naquelas condições, misturam-se com a multidão e sobem para o Calvário. Choram.
Jesus vê-as, entende o seu sentimento de compaixão. E, mesmo num momento trágico como aquele, quer deixar uma palavra que ultrapasse a simples compaixão. Deseja que nelas, que em nós não haja apenas comiseração, mas conversão do coração: aquela que reconhece ter errado, que pede perdão, que recomeça uma vida nova.
MARIA AOS PÉS DA CRUZ
Junto à cruz de Jesus estavam de pé sua mãe, a irmã de sua mãe, Maria, mulher de Cléofas, e Maria Madalena (Jo 19, 25). Imediatamente nos transmite as palavras que o Senhor dirige à Mãe e a ele mesmo, que também estava ali; umas palavras de profundo significado.
Seria muito redutivo entender estas palavras de Cristo, no momento supremo da Redenção, como uma simples preocupação, por assim dizer, familiar: a do filho que encarrega alguém do cuidado de sua mãe. Encontramo-nos ante um dos fatos mais importante para entender o papel de Nossa Senhora na obra da salvação. Já em Caná, Jesus havia deixado claro que a missão materna de Maria em Nazaré, durante os anos da vida oculta, ia prolongar-se na nova família da Igreja. Mulher, eis aí teu filho (Jo 19, 26). Logo, olhando para João, acrescenta: eis aí tua mãe (Jo 19, 27).
Só depois da entrega do discípulo à Mãe, e da Mãe ao discípulo, Jesus podia dizer que tudo está consumado, como relata expressamente São João. Logo, após manifestar sua sede – sede de almas –, para que se cumprisse a Escritura, Jesus clamou com voz forte: consummatum est! Tudo está consumado. Inclinou a cabeça e rendeu o espírito (Jo 19, 30).
DISPOSIÇÃO DE JESUS NO COLO DE MARIA
A piedade cristã deteve-se nesta passagem do Evangelho para contemplar com emoção e recolhimento a imagem de Maria com seu Filho morto em seus braços. É a célebre cena da Pietà, imortalizada na arte por inumeráveis pintores e escultores.
A imagem de Nossa Senhora da Piedade contém uma teologia profunda. Jesus, morto, recém-descido da cruz, nos braços de sua mãe. Retrata o sacrifício de salvação feito por Jesus e Maria como corredentora, acompanhando seu filo até o fim. Retrata a dor da Mãe que, consciente de sua missão, oferece seu filho pela salvação da humanidade. Ela representa também a dor de milhões de mães que sofrem por seus filhos, vítimas de todo tipo de sofrimento.
SEPULTAMENTO DE JESUS
Nossa Senhora da Piedade é aquela que recebendo o Divino Filho em seus braços, depois de sua morte trágica na Cruz, levou-o com os fiéis discípulos e piedosas mulheres até o sepulcro.
Talvez tenha sido neste momento, olhando o corpo martirizado de Cristo, apenas limpo o indispensável, que a Virgem e as mulheres entoaram suas lamentações, como era habitual nos antigos povos do Oriente Médio e como é frequente ainda agora em muitos lugares. O Evangelho é parco em detalhes; porém, em antigos documentos da tradição, essa cena é detalhada, colocando na boca de Maria – como faz, por exemplo, São Efrém, no século IV – lamentações em que a Virgem expressa a sua dor, ao mesmo tempo em que adere totalmente à Vontade divina.
Por fim, colocaram o corpo de Jesus numa propriedade de José situada a poucos passos do Calvário. Havia um jardim e, no jardim, um túmulo novo, onde ninguém tinha sido ainda sepultado. Por ser dia de preparação para os judeus, e como o túmulo estava perto, foi lá que eles colocaram Jesus (Jo 19, 41-42). José de Arimateia rolou uma grande pedra na entrada do túmulo e retirou-se (Mt 27, 60). Estava a ponto de começar o grande e solene sábado. No dia seguinte, apesar da festa, uma embaixada dos príncipes dos sacerdotes e dos fariseus pediu a Pilatos que pusesse uma guarda de soldados nesse lugar. Pilatos assentiu. Então eles foram assegurar o sepulcro: lacraram a pedra e deixaram ali a guarda (Mt 27, 66).
A fé em Jesus Cristo, o Messias e Filho de Deus, parecia ter acabado sobre a terra. Porém brilhava com força no coração de sua Mãe, que não havia esquecido a promessa de seu Filho: Depois de três dias vou ressuscitar (Mt 27, 63).
ASCENÇÃO DE JESUS
Maria, ao contrário de todos os outros, acreditava firmemente na palavra de seu Filho, que havia predito a sua ressurreição dos mortos ao terceiro dia. Por isso, desde a mais remota antiguidade, os cristãos pensaram que deve ter passado em vigília a noite do sábado para o domingo, esperando o momento em que Jesus iria cumprir sua promessa.
A fé e a esperança da Igreja nascente estavam concentradas nEla. E esse sentir comum que a primeira aparição do Senhor ressuscitado foi para sua Mãe: não para que tivesse fé, mas como prêmio da sua fidelidade e consolo em sua dor. Depois, com o passar das horas, a notícia correu de boca em boca: primeiro entre os discípulos, a quem as mulheres que foram ao sepulcro comunicaram; e depois a círculos cada vez mais amplos.
Foi numa tarde, depois de tomar juntos a última refeição. No cimo ou nas ladeiras do Monte das Oliveiras, com Jerusalém a seus pés, tiveram a última reunião em família com o Mestre. Talvez os seus corações se encolhessem um pouco, pensando que já não o veriam mais. Porém o próprio Senhor adiantando-se, lhes assegurou que continuaria com eles de um novo modo (cfr. Mt 28, 20).
Disse-lhes que não se afastassem de Jerusalém, mas esperai a promessa do Pai (At 1, 4), e logo subiu aos Céus para participar do senhorio de Deus em sua Humanidade Santíssima. São Lucas conta a cena com detalhes: Então Jesus levou-os para fora da cidade, até perto de Betânia. Ali ergueu as mãos e abençoou-os. E enquanto os abençoava, afastou-se deles e foi elevado ao céu. Eles o adoraram. Em seguida voltaram para Jerusalém, com grande alegria (Lc 24, 50-52). Tinham consigo a Mãe de Jesus, que era também Mãe de cada um deles. E, rodeados em volta dEla, aguardaram a chegada do Espírito Santo prometido.
PENTECOSTES
Depois da Ascensão de Jesus Cristo aos Céus, as testemunhas daquele fato maravilhoso voltaram para Jerusalém, à distância que se pode andar num dia de sábado. Entraram na cidade e subiram para a sala de cima onde costumavam ficar. Eram Pedro e João, Tiago e André, Filipe e Tomé, Bartolomeu e Mateus, Tiago, filho de Alfeu, Simão Zelota e Judas, filho de Tiago. Todos eles perseveravam na oração em comum, junto com algumas mulheres – entre elas, Maria, mãe de Jesus – e com os irmãos dele (At 1, 12-14).
Cumpriam o mandato de Jesus, que havia dito que esperassem na Cidade Santa o envio do Consolador prometido. Foram dez dias de espera, todos ao redor de Maria. Como é humanamente lógico o que nos conta a Sagrada Escritura! Tendo perdido a companhia física de seu Mestre, os mais íntimos se reúnem em torno da Mãe, que lhes recordaria tanto a Jesus: nas feições, no tom de voz, no olhar carinhoso e maternal, nas delicadezas do seu coração e, acima de tudo, na paz que derramava ao redor.
Além dos apóstolos e das santas mulheres, encontramos os parentes mais próximos do Senhor, esses mesmos que antes haviam duvidado dEle, e que agora, convertidos, se reúnem ao redor da Virgem de Nazaré.
Por fim, ao cumprirem-se os dias de Pentecostes, veio do céu um ruído como de um vento forte, que encheu toda a casa em que se encontravam. Então apareceram línguas como de fogo que se repartiram e pousaram sobre cada um deles. Todos ficaram cheios do Espírito Santo e começaram a falar em outras línguas, conforme o Espírito lhes concedia expressar-se (At 2, 2-4).
“DORMITIO” DE MARIA
A maioria dos teólogos supõe que Maria morreu e, assim como Cristo, a sua morte não foi um tributo ao pecado, pois ela era a Imaculada! Por tanto, a Igreja celebrar a festa da Dormição de Nossa Senhora. Em Jerusalém, cercada pelos discípulos de Jesus, Maria viveu seus últimos momentos.
Mesmo que as escrituras tenham se silenciado após a morte e ressurreição de Jesus, uma passagem do livro do Apocalipse deixa-nos vislumbrar esse final glorioso de Nossa Senhora: “Apareceu em seguida um grande sinal no céu: uma Mulher revestida do sol, a lua debaixo dos seus pés e na cabeça uma coroa de doze estrelas” (Ap 12,1).
ASSUNÇÃO DE NOSSA SENHORA
Assumpta est Maria in coelum, gaudent angeli. Maria foi levada por Deus aos céus, em corpo e alma. Há alegria entre os anjos e entre os homens.
Todos somos seus filhos; Ela é Mãe da humanidade inteira. E agora a humanidade comemora a sua inefável Assunção; Maria sobe aos céus, Filha de Deus Pai, Mãe de Deus Filho, esposa de Deus Espírito Santo. Mais do que Ela, só Deus. (…) Mas prestemos atenção: se, por um lado, Deus quis exaltar sua Mãe, por outro, não há dúvida de que, durante a sua vida terrena, Maria não foi poupada nem à experiência da dor, nem ao cansaço do trabalho, nem ao claro-escuro da fé. Àquela mulher do povo que um dia prorrompeu em louvores a Jesus, exclamando: Bem-aventurado o ventre que te trouxe e os peitos que te amamentaram, o Senhor responde: Antes bem-aventurados os que escutam a palavra de Deus e a põem em prática. Era o elogio de sua Mãe, do seu fiat, do faça-se sincero, rendido, posto em prática até as últimas consequências e que não se manifestou em ações aparatosas, mas no sacrifício escondido e silencioso de cada dia.
Maria é uma criatura como nós, com um coração como o nosso, capaz de gozos e alegrias, de sofrimentos e lágrimas. Antes de Gabriel lhe ter comunicado o querer de Deus, Nossa Senhora ignorava que havia sido escolhida desde toda a eternidade para ser a Mãe do Messias. Considera-se cheia de baixeza. Por isso reconhece logo, com profunda humildade, que nEla fez grandes coisas Aquele que é Todo-Poderoso.
NOSSA SENHORA ENTREGA O ESCAPOLAR A S. SIMON STOCK
Esta antiga devoção remonta o século XIII, quando a Virgem Maria apareceu ao Superior Geral dos Carmelitas, Simão Stock, em 16 de julho de 1251, fazendo uma intervenção na Obra Carmelita e dando a ele o Escapulário, como sinal de proteção e a promessa de que aquele que o usasse não padeceria no fogo eterno.
Vários Papas promoveram o uso do escapulário e Pio XII chegou a escrever: “Devemos colocar, em primeiro lugar, a devoção do escapulário de Nossa Senhora do Carmo – e ainda – escapulário não é ‘carta-branca’ para pecar; é uma ‘lembrança’ para viver de maneira cristã, e assim, alcançar a graça duma boa morte”.
NOSSA SENHORA DÁ O ROSÁRIO A SÃO DOMINGOS
Maria apareceu a São Domingos e indicou-lhe o Rosário como potente arma para a conversão: “Quero que saiba que, a principal peça de combate, tem sido sempre o Saltério Angélico (Rosário) que é a pedra fundamental do Novo Testamento. Assim quero que alcances estas almas endurecidas e as conquiste para Deus, com a oração do meu Saltério”.
Essa devoção, propagada principalmente pelos filhos de São Domingos, recebe da Igreja a melhor aprovação e foi enriquecida por muitas indulgências. Essa grinalda de 200 rosas – por isso Rosário – é rezado praticamente em todas as línguas, e o saudoso Papa João Paulo II e tantos outros Papas que o precederam recomendaram esta singela e poderosa oração, com a qual, por intercessão da Virgem Maria, alcançamos muitas graças de Jesus, como nos ensina a própria Virgem Santíssima em todas as suas aparições.
NOSSA SENHORA DE LOURDES
Foi no ano de 1858 que a Virgem Santíssima apareceu, nas cercanias de Lourdes, França, na gruta Massabielle, a uma jovem chamada Santa Marie-Bernard Soubirous ou Santa Bernadete. Essa santa deixou por escrito um testemunho que entrou para o ofício das leituras do dia de hoje.
Maria, a intercessora, modelo da Igreja, imaculada, concebida sem pecado, e, em virtude dos méritos de Cristo Jesus, Nossa Senhora, nessa aparição, pediu o essencial para a nossa felicidade: a conversão para os pecadores. Ela pediu que rezássemos pela conversão deles com oração, conversão, penitência.
Isso aconteceu após 4 anos da proclamação do Dogma da Imaculada Conceição. Deus quis e Sua Providência Santíssima também demonstrou, dessa forma, a infalibilidade da Igreja. Que chancela do céu essa aparição da Virgem Maria em Lourdes. E os sinais, os milagres que aconteceram e continuam a acontecer naquele local.
Altares
Consagração à Nossa Senhora de Nazaré
Senhora de Nazaré, da antiga raiz de Jessé, da casa real de Davi, descendente de São Joaquim e de Sant’Ana, sempre que a angústia, o medo e a solidão me abatem, me entrego em teus braços, ó Mãe. Como criança carente em busca de alívio, carinho e proteção, mergulho em teu Coração Imaculado e consagro a ti, querida Mãe, o meu passado e todas as minhas lembranças, o momento presente e todas as suas aflições, o meu futuro e a vida eterna que Deus me reserva no céu. O Sacramento do Batismo que um dia recebi, me tornou filho (a) de Deus e filho teu, ó Mãe. E fez-me também herdeiro (a) de Seu Reino. Por isso, venho agora renovar, diante de ti, ó Virgem de Nazaré, as promessas do meu Batismo.
E para que eu possa ser fiel a elas até o fim de minha vida, peço a tua intercessão junto ao teu Filho Jesus. Doce Senhora de Nazaré, a ti consagro, agora, as minhas aspirações, meus projetos, meus sonhos, minha missão, minhas realizações, tudo o que tenho e tudo o que sou. Consagro também todos os dias restantes de minha vida terrena, pedindo por eles a tua intercessão e a tua bênção materna, para que sejam dias serenos, cheios de paz e de muitas graças. Quero também te consagrar desde já, Senhora de Nazaré, o momento de minha morte quando, por tuas mãos e amparado (a) pelos braços de teu esposo São José, poderei, finalmente, ver o teu rosto e abraçar teu filho Jesus e contemplar a glória do Pai, no amor infinito do Espírito Santo. Amém!
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