“Sim, eu sou rei. É para dar testemunho da verdade que nasci e vim ao mundo” (Jo 18,37)
Neste dia é celebrada a solenidade de Cristo Rei do Universo, momento em que se reforça a soberania e governança piedosa de Jesus para com todos os seus filhos e filhas, nos reis do Céu.
Certamente houve reis santos, mas sabemos que nem os santos estão livres da ferida do pecado. De toda forma, a realeza de Jesus é de outra índole. Em sua realeza, lembramos sua divindade, que se manifestou colocando-se a serviço da humanidade. Esse traço característico de serviço também não encontramos com facilidade naqueles que detém um poder muito grande.
A festa de hoje, nos faz contemplar a existência do universo, tão necessária para que surgisse o grande presente de Deus, oferecido para toda a criação, que é Jesus. Dessa forma, nossa esperança se sustenta também em tudo o que existe no mundo.
Devemos viver na esperança, mas sabendo de seu tríplice fundamento: aquele da evolução do universo, que culminou em Jesus, pelo dom de Maria; aquele que é Jesus, que, por nós se doou na cruz, abrindo para nós um modo de viver para Deus e para os outros, o que é verdadeira salvação; e aquele que é a Igreja, a nossa comunidade de fé, que nos lança e sustenta na abertura radical ao futuro, esperando Deus que vem e que nos acolhe com amor infinito, por meio do seguimento de Seu Filho, por quem recebemos a vida e a plenitude da graça de Deus.