Reflexão do Evangelho – Mateus 19,3-12
Não obstante a religiosidade do povo hebraico, vemos que, pela dureza do coração do homem, a indissolubilidade do matrimônio estava manchada por um decreto da lei mosaica que permitia ao homem repudiar a sua mulher. A reflexão sapiencial dos escribas de Israel vinha, todavia, afirmando, como de fato ressalta Jesus, que o plano original de Deus contempla a união indissolúvel, uma vez que a mulher é osso do osso do homem e carne de sua carne, a ponto de ele (hbr.: ish) e ela (hbr.: ishah), se tornarem uma só carne. Enquanto Jesus declara que: “Portanto, não separe o homem o que Deus uniu”, para o cristão, a indissolubilidade está definida de autoridade divina.
Para Paulo, a santidade do matrimônio está no fato que reflete em si o amor de Cristo pela Igreja (Ef 5,32). O matrimônio é preservado enquanto os cônjuges vivem, aceitando servir um ao outro, no temor de Cristo (v.21).
Padre Ferdinando Maria Capra pertence à Ordem dos Clérigos de São Paulo (Barnabitas) e serve no Rio de Janeiro (RJ).