Tempo Pascal: Renascer em Cristo para uma Vida Nova

Recentemente, vivenciamos o período mais importante para a Igreja Católica: a Semana Santa, onde recordamos, desde a Quaresma, os passos de Cristo até sua Paixão, morte e Ressurreição. Após passado este período solene, fica uma pergunta: qual período sucede a Páscoa do Senhor? Uma pergunta fácil de se responder, pois trata-se do Tempo Pascal.

O que seria esse novo tempo litúrgico da Igreja? Quando começou esta tradição? Bem, estamos em um novo momento, mas, ele já é celebrado há bastante tempo. Acompanhe a leitura e conheça um pouco mais sobre a importância deste período.

Foto: Allan Bentes – Ascom Basílica Santuário de Nazaré

As origens da Oitava e do Tempo Pascal

Em primeiro lugar, temos a Oitava da Páscoa, que é a soma entre o Domingo de Páscoa e os próximos sete dias (que culminam no Domingo in Albis, chamado hoje da Divina Misericórdia) e continua por mais 40 dias até a Ascensão, para terminar no quinquagésimo dia, com a festa de Pentecostes.

A Oitava Pascal traz para o centro da celebração litúrgica o mistério da Ressurreição de Jesus Cristo. A Páscoa de Jesus continua na ação da Igreja e, na Oitava Pascal, celebramos que todo dia se tornou domingo, razão pela qual se entoa o Hino de Louvor em todas as missas, exceto na Quaresma e do Advento. Por isso, durante oito dias, celebramos a Solenidade da Ressurreição de Jesus como se fosse um único dia — “o dia que o Senhor fez para nós!” (Sl 118, 24).

Esta tradição vem desde o século III, quando os cristãos começaram a estender algumas festividades para além do seu próprio dia. O objetivo era simples: prolongar as festividades para serem comemoradas por oito dias inteiros. Esta tradição foi preservada no rito romano e em vários ritos orientais. 

Com o passar dos anos, a celebração da Páscoa ganhou ainda mais força, já que é a principal celebração do Calendário Litúrgico. Segundo o texto do “Dicastério para a Evangelização”, explica que “a normativa litúrgica aconselha os cristãos a celebrarem os 50 dias que se sucedem do domingo da Ressurreição até o domingo de Pentecostes”.

Por este motivo que, durante este período, os domingos não são chamados de domingo depois da Páscoa e também não são domingos do Tempo Comum, mas sim “Domingos da Páscoa”.

Foto: Allan Bentes – Ascom Basílica Santuário de Nazaré

Como viver bem o Tempo Pascal

O Tempo Pascal é extremamente importante para nossa vida espiritual. Por meio dele é que podemos ter a experiência que os Apóstolos tiveram no surgimento da Igreja. Pela liturgia do Tempo Pascal podemos tocar, com profundidade, o sentido de nossa fé. É um tempo de Renascimento, pois a vida nova vai surgindo de Páscoa em Páscoa. Desta forma, é o renascer em cada liturgia, em cada tempo litúrgico, em cada gesto ofertante.

Cristo Ressuscitou, Aleluia! Que possamos viver este tempo solene, pois “Por seu poder, Deus ressuscitou o Senhor e também nos ressuscitará” (1 Cor. 6,14).

Foto: Allan Bentes – Ascom Basílica Santuário de Nazaré

Com informações dos portais Vatican News e A12.

Texto e fotos: Allan Bentes – Ascom Basílica Santuário de Nazaré.