Padre Luiz M. Zoia nasceu, em 10 de julho de 1857, em Cenobbio, Lago de Como, Lombardia – Itália, onde seus pais, Camillo e Nora Grandazzi, passavam as férias, procedentes de Milão, onde residiam. Neste mesmo dia recebeu o Sacramento do Batismo. Em 1860, a família foi para Grezzago (Lombardia – Província de Milão), e matriculou os filhos no Colégio de Stresa, dos Padres Rosminiani.
No final do ano, Pe. Zoia foi estudar no Colégio Santa Maria dos Anjos, dos Padres Barnabitas, em Monza. Em 1874, foi admitido no Colégio Valsalice, de Turim, dirigido pelos Salesianos. Lá, conheceu São João Bosco e sua vocação à vida religiosa aflorou. Com a orientação de Dom Bosco, iniciou seu itinerário vocacional.
Em 25 de outubro de 1876, foi à Casa Mãe dos Padres Barnabitas, Igreja de São Barnabé, em Milão, e pediu para entrar na Congregação, onde tinha um tio, Barnabita, o venerável Pe. Tommaso Zoia. Foi aceito, tendo sua formação a cargo do Pe. Mauri.
Recebeu a tonsura e as Ordens Menores no dia 15 de junho de 1880, na Catedral de Lodi. Em Moza, dia 26 de outubro, emitiu a sua profissão solene. Foi ordenado Sacerdote no dia 02 de abril de 1881, na Capela do Colégio São Francisco de Lodi. Após a Ordenação Sacerdotal, Padre Zoia viveu uma fase de intenso apostolado.
Em 1907 pelo Capítulo Geral, foi eleito Visitador da Província Ligure-Piemontese e, em 1908, acompanhou o Superior Geral em sua visita à Província Franco-Belga. Dia 14 de julho partiu para as Américas, como Visitador dos Barnabitas.
Passou seis meses no Brasil, criando fortes laços de carinho e amizade nas comunidades por ele visitadas. Desse apreço, nasceu o grande desejo de construir e de embelezar a Basílica Santuário de Nazaré. Até a sua morte, carregou no coração o compromisso de ajudar na construção de uma casa digna para a Mãe de Deus.
Da Itália, auxiliado por arquitetos e escultores, fizerem esboços e desenhos da futura Basílica de Nazaré. Todos os mármores, as pesadas colunas, todo ferro batido, os mosaicos, as estátuas, enfim, todo o material necessário para a construção da Basílica foi vistoriado pelo Padre Luiz Zoia que acompanhava, inclusive, o embarque para Belém do Pará.
As guerras mundiais escassearam as doações, adiando as últimas obras. Assim, Padre Zoia fez sua passagem para a eternidade sem poder contemplar a decoração do templo mariano, muito amado por ele.
Padre Zoia teve uma vida intensa e de grandes realizações, mas a saúde muito frágil, padecendo por anos a fio. No dia 8 de setembro de 1937, Festa da Imaculada Conceição de Maria, pediu com mais fervor que Nossa Senhora viesse levá-lo para fazer a sua Páscoa definitiva. À noite, desapontou-se porque Nossa Senhora não realizou o seu pedido. Mas, Maria não se esqueceu do seu servo dedicado, vindo buscá-lo no sábado, dia 17 de setembro de 1937.