Este ano o Círio será diferente, sem as procissões e os fiéis no caminhar das ruas históricas de Belém, mas será forte nos corações e lares dos paraenses, bem como de centenas de milhares de devotos espalhadas pelo mundo. E claro, seguindo todos os protocolos de segurança e, também, possibilitando ao máximo que todos vivam a sua devoção.

As principais celebrações do Círio 2020 não contarão com a presença do público, devido as normas de segurança e saúde. Porém, a organização da Festa de Nazaré busca manter ao máximo as celebrações tradicionais, mesmo com todas as limitações a devoção jamais deixará de existir. Este é um momento em que se vive fortemente a “Fé sem distâncias”, aproximando os féis, independentemente de onde estiverem à uma das maiores festas católicas do mundo.

Para que ninguém se sinta deixado de lado e que todos possam se sentir acolhidos por Nossa Senhora de Nazaré, um dos principais símbolos do Círio, a corda, que é carregada por milhares de fiéis nas procissões da Trasladação e o domingo do Círio, este ano não será dividida por estações, mas sim em partes iguais e distribuídas para as 95 paróquias da Arquidiocese, formando um grande rosário de orações e corações. Desta forma o Círio de Nossa Senhora de Nazaré chegará aos diversos bairros e municípios, aproximando a todos da devoção mariana.

A bênção da corda acorrerá nesta sexta-feira (09) durante a Santa Missa de abertura oficial do Círio, com a apresentação do Manto de Nossa Senhora, na Basílica Santuário, presidida pelo Arcebispo de Belém, Dom Alberto Taveira Corrêa. As paróquias da Arquidiocese estarão representadas pelos Vigários Episcopais das oito Regiões Episcopais da Arquidiocese. No dia seguinte as paróquias receberão uma parte da corda, para que no domingo do Círio as suas celebrações sejam com entrada solene da Imagem de Nossa Senhora de Nazaré (da própria paróquia), envolto com a corta do Círio. “Um simbolismo de unidade de todas as igrejas da Arquidiocese, uma representação de um grande rosário de orações e corações”, conta Dom Alberto. Neste mesmo dia os fiéis podem pedir aos padres a dispensas das promessas.

Toda programação será transmitida ao vivo pelo Youtube da Basílica Santuário de Nazaré. Acompanhe: www.youtube.com/basilicadenazare 

A Corda

A origem da corda se deu em 1885, na procissão, a baía do GuajC´[ará havia transbordado, e a berlinda, na época, puxada por bois, não conseguiu avançar por causa do atoleiro. Então, os féis tiveram a ideia de puxar a berlinda com uma corda. A partir desse ano seguiu-se a tradição de conduzir a berlinda com a corda, símbolo de fé. E hoje, devotos pagam promessas por graça alcançada.

Para segurança dos promesseiros, em 2004, a corda passou a ser dividida em cinco estações, em formato linear, utilizado nos dois dias, Trasladação (sábado) e Procissão do Círio (domingo). Durante o trajeto os promesseiros contam com a equipe de animadores da corda, responsáveis por estimular os devotos, através de palavras de incentivo e orações, a permanecer na corda até finalizar a procissão.

 

Texto: Arquidiocese de Belém