Nossa Senhora Mãe da Divina Providência. Eis um dos títulos marianos que vêm alimentando a confiança filial de muitos fiéis. Ele nasceu no coração dos Clérigos Regulares de São Paulo, ditos Barnabitas e sublinha:

  1. A maternidade – a Virgem é mãe do Verbo encarnado. Jesus, divino e humano, por meio do ventre da Virgem Maria tocou nossa humanidade possibilitando-nos conhecer uma das mais belas dádivas que o Pai nos concedeu: Jesus (YESHUA – Deus salva – salvação). Em outras palavras, aquela que gerou a humanidade de Cristo, Divina Providência encarnada, é propriamente Mãe do Salvador;
  2. Deus, uno e trino, é Providência e como tal, governa sua criação, não abandona a sua obra, faz-se presente objetivando conduzi-la à plenitude de sua existência. Todo aquele que abre seu coração olhando ao redor com os olhos da fé, vê-se guiado pela providencial ação divina.

O primeiro quadro: é de autoria do grande pintor italiano, Scipione Pulzone de Gaeta (1550-1597), discípulo de Rafael Sanzio. A pintura colorida a óleo sobre tela mede 54×42 cm. imortaliza o êxtase materno vivido por Maria ante seu Filho.

Como a tela chegou aos Barnabitas? Em 1677, precisou-se fazer uma ampliação na Praça Colonna, em Roma, a mando do Papa Alexandre VII. Para isso, foi necessário demolir convento e igreja dos Barnabitas, dedicados a São Paulo Apóstolo, que aí se encontravam. Na parede havia um afresco mariano muito estimado pelos religiosos. Com o fim de salvá-lo, pediram ao arquiteto sua remoção  e translado à outra comunidade deles, na Praça Catinari, paróquia dedicada a São Carlos Borromeu, também em Roma.

Lamentavelmente, ao transportá-lo, o afresco quebrou-se. Como forma de reparar o dano, o arquiteto presenteou aos Barnabitas esse pequeno quadro, sem título, do acervo de sua família. Os religiosos, então, colocaram o quadro na capela de sua residência, ao lado da igreja São Carlos.

Padre Francisco Maria Cavalcante – Pároco de Nazaré