Quaresma: tempo de oração e conversão
A Quaresma é tempo de oração, caridade, penitência e conversão. Os cristãos praticam a penitência durante os 40 dias em que são convidados a refletir o período em que Jesus passou no deserto.
Nesse período, há muitas dúvidas do que se pode fazer ou não. Segundo as recomendações da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), em seu site, são permitidas ou não recomendadas algumas práticas. É permitido fazer jejum e abstinência, oração, caridade e obras de misericórdia. Além de serviço voluntário (incluindo ajuda aos necessitados e visitas e doentes e presos), bem como meditação e reflexão.
Outras recomendações são a de não consumir carne vermelha e nem realizar excessos em todos os aspectos da vida, como alimentação e financeiro. Não há uma cartilha de proibições, mas sim recomendações.
A Semana Santa
Quando finaliza a Quaresma, a Igreja entra na Semana Santa, que antecede o evento mais importante da igreja: a celebração da ressurreição de Jesus Cristo, no Domingo de Páscoa.
O período é marcado por profunda devoção e celebração entre os fiéis, momento em se contempla os eventos essenciais da fé e reafirmam os vínculos com Jesus Cristo.
Domingo de Ramos: retorno de Jesus à Jerusalém, onde seu regresso foi recebido com ramos de Palmeira e aclamações. Neste dia, existe a tradição de trazer ramos durante as missas.
Segunda-feira Santa: neste dia, proclama-se o Evangelho segundo São João. Seis dias antes da Páscoa, Jesus chega a Betânia para fazer a última visita aos amigos de toda a vida. Está cada vez mais próximo o desenlace da crise. “Ela guardava este perfume para a minha sepultura” (cf. João 12,7); Jesus já havia anunciado que Sua hora havia chegado.
Terça-feira Santa: a mensagem central deste dia é sobre a pela Última Ceia. Cristo sente que faz a “glorificação de Deus”, ainda que encontre, no caminho, a covardia e o desamor. No Evangelho, há uma antecipação da Quinta-feira Santa. Jesus anuncia a traição de Judas e as fraquezas de Pedro.
Quarta-feira Santa: neste dia acontece o mutirão das confissões. A Confissão cura as feridas da alma. Este sacramento, em que Deus perdoa seus filhos através da intermediação de um sacerdote, significa a maior das misericórdias de Deus, o perdão dos pecados.
Quinta-feira Santa: celebração da última ceia de Jesus com discípulos, instituindo a chamada “Santa Ceia”, base da Eucaristia, também conhecida como Comunhão. Na data, também é realizada a cerimônia do Lava-Pés, recriando o gesto de Jesus.
Sexta-feira Santa: a Paixão de Cristo, marcada por diversos eventos que levaram à crucificação de Jesus Cristo, e sua morte na cruz são recordadas pelos católicos na Sexta-feira Santa. É um dia de profundas reflexões, jejum e abstinência, onde muitos fiéis participam de serviços litúrgicos como a Via Sacra, que lembra a trajetória seguida por Jesus até o local de crucificação, além de leituras de escrituras.
Sábado Santo (ou Sábado de Aleluia): um dia de preparação e espera para a celebração da ressurreição de Cristo. É realizada a chamada “Vigília Pascal”, marcando o início da celebração do renascimento de Jesus.
Domingo de Páscoa: como citado no início da matéria, é o ápice da Semana Santa, quando é celebrada a ressureição de Jesus dos mortos. A data é tida como uma renovação da fé e na vida eterna, assim como ocorreu com Jesus.
Texto: Bárbara Matoso – Basílica Santuário de Nazaré