João 4,43-54       A Universalidade da Salvação

O centurião que abraça a fé com toda a sua família, na condição de sinal, desenvolve o tema do evangelho, ditado por João 20,20-31. Cremos, para ter “vida no nome de Jesus, o Cristo, Filho de Deus”. Esta salvação que “vem dos judeus, em Jesus é oferecida aos samaritanos e aos pagãos, que com os judeus chegam a adorar “Deus que é Espírito” e que procura quem o adore “em espírito e verdade”. (João 4). A Nicodemos, que é mestre em Israel, Jesus declara que, como ensinam as Escrituras, o nascimento à nova vida dar-se-á pela água que brotará do lado do templo, que é o Filho do Homem elevado da terra, manifestação do amor misericordioso do Pai, que entregou o Filho para que tenham a via eterna os que crerem nele. As suas palavras têm o Espírito sem mediada (3,34), porque ele é o Unigênito Deus que único conhece o Pai (Mateus 11,25-27).

Tudo o que deduzimos até agora, abre-nos à compreensão de João 1. A Palavra da Vida, a Vida, Vida eterna, que João Batista anunciou na condição de Eterno que batiza no Espírito Santo é o Messias, o “Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo”. Dele nos falam as Escrituras, como nos testemunham os Apóstolos, que desde o princípio estiveram com ele. Deve ser reconhecido na condição de Filho do Homem. O primeiro dos sinais que ele realizou em Caná da Galileia, manifestou a sua glória, qual voltou a se manifestar quando, ressuscitado dos mortos, apresentou as suas chagas gloriosas a Tomé: “Toca no meu lado… Felizes aqueles que crerem sem terem visto” (20,29).

Texto: Padre Ferdinando Maria Capra, CRSP