Na segunda-feira, 11, os Padres Barnabitas que atuam na Basílica Santuário de Nazaré promoveram a renovação dos votos dos noviços André Patrick Maria Nascimento, Bruno Maria Barbosa, Cleiber Maria Farias, Daniel Maria Brito Diego Maria da Paixão e Josué Maria Bosco. Os sete religiosos em processo de formação, divididos em três turmas, fizeram a renovação dos votos de Profissão Simples: pobreza, castidade e obediência. A celebração foi presidida pelo Reitor da Basílica Santuário e Pároco de Nazaré, Padre Francisco Maria Cavalcante, às 18h.
Para alguns a caminhada iniciou cedo, ainda na juventude, como foi o caso de André Maria Nascimento que entrou no seminário em 2013, aos 17 anos. “O momento é de suma importância não só pra mim, mas aos confrades que renovaram comigo, pois são os votos que nos mantem nessa família religiosa que tanto amamos. Todo ano nós devemos renovar. Isso deve ser feito até o voto definitivo, que é pra toda vida. Esse ato significa que mais uma vez queremos ter esse compromisso com a igreja, com a ordem, com a Santíssima Trindade”, conta.
Para outros, a caminhada é recente: Diego e Rodrigo fazem parte de uma turma mais nova. O primeiro explica que voltará a capital paulista e lá dará continuidade a formação. “Nesse momento cumpro em São Paulo com estudo da Sagrada Teologia e a vivência religiosa interna. A teologia tem a duração de quatro anos. Esse é o tempo de aprofundar os conhecimentos da Palavra de Deus, para podermos desenvolver nossa missão em prol dos cristãos”. Ambos os citados terão que cumprir mais três anos de estudo, o restante já têm seus destinos definidos.
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Sobre o voto simples:
VOTO DE POBREZA
A pobreza evangélica significa a maturidade em adequar os bens materiais em prol da missão evangelizadora, de modo que o (a) consagrado (a) se qualifica na solidariedade para com o próximo.
VOTO DE OBEDIÊNCIA
A obediência visa a maturidade plena do (a) religioso (a), tornando-o dócil à inspiração do Espírito e capaz de renunciar às suas vontades personalíssimas.
VOTO DE CASTIDADE
A castidade, entendida por alguns como a simples renúncia ao matrimônio, significa oferecer a Deus o holocausto de nossos desejos corpóreos. Ela tem como finalidade proporcionar ao (à) religioso (a) a liberdade dos afetos, possibilitando-lhe o estabelecimento de relações maduras e centradas para além do desejo puramente sexual.
Qual a diferença entre votos temporários e votos perpétuos?
Pela profissão religiosa temporária, também chamada de tempo de prova, o(a) candidato(a) se torna um(a) religioso(a) e estabelece um vínculo jurídico com o Instituto religioso. No entanto, essa profissão é chamada de temporária, porque o(a) religioso(a) permanece ainda no processo formativo, tendo que renovar todos os anos o seu compromisso (Cân 722 §2). Por sua vez, o tempo da profissão temporária é relativo a cada caso, não podendo ser inferior a cinco anos (Cân 723 §2). Trata-se de um tempo de experiência, no qual o(a) religioso(a) busca cultivar e aprofundar a sua vocação através do amadurecimento como pessoa humana e cristã, na vivência cotidiana do carisma de seu Instituto, tendo em vista o discernimento para a consagração definitiva (perpétua).
Durante o tempo da profissão temporária, o(a) religioso(a) deverá caminhar na corresponsabilidade, na participação ativa e na fraternidade, com as exigências da missão junto à Igreja e ao mundo, vivendo em sintonia com o carisma de seu Instituto. No final de cada ano, após o seu pedido explícito e o parecer favorável de seus superiores, o (a) religioso (a) renovará, em celebração solene, seus votos religiosos por mais um ano. No entanto, durante esse processo, após um discernimento maduro e consciente, o(a) religioso(a) que entender não ser essa a sua vocação, poderá deixar o Instituto ao qual está vinculado e seguir a sua vida de outro modo, sem que isso lhe acarrete nenhum prejuízo.
Texto: Karol Coelho – Ascom Basílica Santuário de Nazaré (com informações do site a12.com)
Fotos: Bruno Nobre – Ascom Guarda de Nossa Senhora de Nazaré